Nesta terça feira, nós recebemos na CPI das Barrragens, representantes da mineradora CSN Mineração S.A, e da mineradora Anglo Gold Ashanti Internacional. O objetivo é sanear as questões a serem explanadas pela CPI Barragens, para que o relatório final contemple todos os fatos e conclua por medidas eficientes e necessárias. Criada em fevereiro para apurar os impactos no abastecimento de água na cidade de Belo Horizonte após o despejo de rejeitos de mineração no Rio Paraopeba, causados pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão da Companhia Vale, em Brumadinho (MG). Já recebemos na CPI das Barragens, 18 convidados, entre autoridades, setores da sociedade civil e entidades. Também foram feitas várias visitas a minas e mananciais. O prazo para conclusão dos trabalhos é 23 de agosto de 2019.
Paraopeba e Velhas
Como relator da CPI, tenho alertado sobre a possibilidade de uma crise hídrica se nada for feito. A captação de água no Sistema do Rio Paraopeba é responsável por cerca de 30% do abastecimento de Belo Horizonte, e foi afetada pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão. Devido ao comprometimento da qualidade das águas do rio, a Copasa interrompeu a captação de água do rio no ponto onde ocorreu o evento. Além disso, considerando que o Rio das Velhas é responsável pelo abastecimento de 70% de Belo Horizonte, tornou-se indispensável a apuração das condições das barragens cujo rompimento afetaria diretamente a bacia hídrica em questão, como as dos sistemas Bela Fama e Morro Redondo, além de outros.