Entre os maiores crimes ambientais e sociais já registrados em Minas Gerais, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho inundou de lama tóxica mais de um milhão de metros quadrados de floresta, registrando centenas de mortos e desaparecidos na região. Os rejeitos já atingiram o leito do Rio Paraopeba e, apesar de não se poder concluir sobre os reais impactos, os vereadores defendem a urgência em se apurar os riscos gerados ao abastecimento de água em Belo Horizonte e cidades vizinhas.
Em funcionamento desde 2015, a estrutura de captação de água da Copasa instalada no Rio Paraopeba, em Brumadinho, extrai até cinco mil litros de água bruta por segundo no manancial. O volume captado é encaminhado, por meio de adutora de aço, à Estação de Tratamento (ETA) do Rio Manso, onde se integra ao Sistema Paraopeba, composto pelas represas do Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores. O sistema é responsável pelo abastecimento de água para mais de dois milhões de pessoas em BH e na região metropolitana. Após o rompimento da barragem da Vale, a Copasa informou que a captação no Paraopeba foi suspensa para evitar contaminação.
Atualmente, mais de 70% da água que abastece a capital é retirada do Rio das Velhas, em especial, da estação de Bela Fama, instalada pela Copasa no município de Nova Lima (MG). Diante disso, a CPI deve também verificar a segurança de outras barragens, como a de Morro Redondo (no município de Rio Acima), que poderia atingir o Rio das Velhas.
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