Estamos avançando – Vale e Copasa firmam acordo para construção de nova fonte de captação de água

Um termo de compromisso foi homologado entre a Vale e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para construir um novo sistema de captação de água no Rio Paraopeba, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A assinatura foi na terça-feira (6) e teve a participação dos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

No dia do rompimento da barragem mina Córrego do Feijão, a Copasa suspendeu a captação de água do rio.

Para as obras, a mineradora informou que cerca de R$ 450 milhões serão investidos e, de acordo com o cronograma apresentado pela Vale às autoridades, terão início em outubro e devem gerar mais de 300 empregos diretos. O prazo limite para conclusão é setembro de 2020.

O objetivo das ações é restabelecer o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma vez que será entregue a mesma vazão de água para abastecimento, que ficou temporariamente comprometido com a proibição de captação de água após o rompimento da barragem.

No caso da bacia do Rio Paraopeba, a captação é realizada nas represas de Rio Manso, Serra Azul, Vargem das Flores, além do Rio Paraopeba.

Rio Paraopeba, no centro de Brumadinho, tomado pela lama — Foto: Raquel Freitas/G1

Nova captação de água no Paraopeba

O novo ponto de captação de água será construído a aproximadamente 12 quilômetros da atual estrutura de captação da Copasa no Rio Paraopeba.

Pelo projeto, o novo sistema terá a mesma vazão, de 5 mil litros por segundo, da captação atualmente suspensa e seguirá as mesmas premissas de engenharia.

O novo sistema de captação no Paraopeba será implantado fora da mancha de inundação de barragens da Vale.

Para o projeto de captação no Rio Paraopeba para a Copasa, o sistema contará com bombas para captação da água no rio e transferência por tubulação até uma caixa de areia, que possui o objetivo de reduzir o percentual de sólidos na água.

A estrutura contará também com uma nova rede e subestação de energia elétrica, o que está sendo discutido com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Em seguida, por gravidade, a água será transferida para um reservatório. A partir desse reservatório, o sistema contará com mais cinco bombas de maior potência para transbordo da água pela tubulação até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Manso.

Bacia do Rio das Velhas

A bacia do Rio das Velhas também está no foco do termo de compromisso assinado pela Vale e Copasa, embora não tenha sido impactado, ele receberá investimento preventivo.

Uma das ações é a construção de uma barreira de contenção que vai circundar a captação de Bela Fama, em Nova Lima, na Grande BH.

Esse encapsulamento será capaz de, em caso de eventualidade, proteger a estação preservando a estrutura e os equipamentos.

A barreira terá cerca de 3 metros de altura e 300 metros de extensão e já está em fase de construção, com previsão de conclusão em outubro.

Imagem aérea mostra destruição após rompimento de barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) — Foto: Divulgação/Polícia Militar

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